A Exposição “Homenagem aos antigos combatentes do Ultramar da Freguesia de Penamacor” vai estar patente, entre os dias 22 de setembro e 30 de novembro, no Museu Municipal.
Na Primavera de 1961, Portugal viu-se mergulhado, por imposição da Ditadura Salazarista, num dos períodos mais tristes e dramáticos da sua longa História.
Numa época de emergência de movimentos descolonizadores após a Segunda Guerra Mundial, mesmo em relação aos imensos impérios francês e britânico, mesmo após sucessivas condenações da política ultramarina de Salazar por parte das Nações Unidas, o Salazarismo persistia com a falsa ideia das províncias de um “Portugal do Minho a Timor”.
Ao enviar tropas “para Angola já e em força!”, deu início a uma guerra que se prolongaria por mais de uma década. No final de 1961, em Angola há já mais de 33 mil militares; perto de 5 mil na Guiné e mais de 11 mil em Moçambique.
Mais de 8 mil jovens portugueses viriam a perder a vida nessas “nefastas colónias africanas”. Cerca de 30 mil ficariam estropiados ou feridos, com marcas corporais e psicológicas que persistem até hoje.
Esta Exposição Documental, iniciativa da Junta de Freguesia de Penamacor, com o apoio do Município, heroicamente liderada pelos “Capitães de Abril”, assume-se como uma mais que merecida Homenagem aos Penamacorenses que, então jovens beirões, viram a sua vida coarctada e profundamente perturbada por tão dramáticas e traumáticas vivências militares, integrando o programa anual das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que pode ser consultado no portal do Município de Penamacor, em www.cm-penamacor.pt/p/50anos25abril.