História

Existem evidências que Penamacor foi habitada por povos pré-romanos e certamente alvo de romanização. As origens da história de Penamacor estão envoltas num mistério atribuído aos tempos antigos, praticamente desconhecidos, uma vez que, após a queda do Império Romano, Penamacor e a sua fortaleza foram esquecidas, entrando numa verdadeira Idade das Trevas. Segundo alguns estudiosos, foi pátria do Rei Wamba, o famoso rei dos Godos que governou a Península desde o ano de 672 a 682. No final do Século XII, D. Sancho I ordenou o repovoamento do território, sentindo necessidade de proteção da fronteira nacional e ordenando que se erguesse um castelo. Com o desenvolvimento da povoação, o monarca concedeu a carta de Foral a Penamacor, decorriam os anos de 1189 ou 1209, data que varia segundo vários autores e sobre a qual é possível encontrar mais informação na categoria “Forais” da página desta freguesia. Mais tarde, D. Dinis reforçou as muralhas, tornando Penamacor uma das mais importantes fortalezas da fronteira nacional. Também D. Fernando e D. Manuel reforçaram as defesas do Castelo, sendo que D. Manuel lhe atribuiu nova carta de Foral em 1510. Durante vários séculos, Penamacor continuou a assumir importância política e militar. Como escreve Augusto Moutinho Borges, no livro Penamacor Militar – Da Restauração à República 1640 – 1910, pelas muralhas abaluartadas, projetadas nos primórdios da Aclamação (1640-1668) para defender o território nacional e que se mantiveram como elementos defensivos até meados do século XIX, passaram alguns exércitos em marcha como o espanhol (1762), o francês visando propagandear os seus ideais libertadores/conquistadores ou até o português nas lutas fratricidas entre absolutistas e liberais. Muitos foram os edifícios e equipamentos militares que se projetaram e edificaram em Penamacor. Realce para o antigo Real Hospital Militar de S. João de Deus, edificado a partir de 1670/71 e adaptado a quartel de infantaria por volta de 1764. Este edifício sofreu, ao longo dos séculos, sucessivos aproveitamentos e reaproveitamentos, mas sempre com funções na órbita do domínio militar.

Brasão